A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) irá confirmar o status de zona livre da peste suína clássica em 14 estados e no Distrito Federal, informou nesta quinta-feira, dia 18, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). De acordo com a pasta, serão beneficiadas as regiões do Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins, além do DF. Também estão nessa lista os municípios de Guajará, Boca do Acre, sul do município de Canutama e sudoeste do município de Lábrea, todos no Amazonas.
Atualmente, apenas Rio Grande do Sul e Santa Catarina têm o certificado de zona livre da doença. Ele foi conquistado em maio do ano passado, durante a 83ª Sessão-Geral da OIE, em Paris.
Com o referendo da OIE para os 14 estados e o DF, os 180 países-membros da organização terão 60 dias para se manifestar sobre o assunto. O Departamento de Saúde Animal informou que em caso de dúvidas, o ministério irá manter uma equipe para esclarecimentos. Superada essa etapa, o pedido vai para a assembleia da OIE para votação final entre os dias 22 e 27 de maio, em Paris, e posteriormente há a entrega do certificado ao Brasil.
A ministra do Mapa, Kátia Abreu, lembra que 99% das indústrias processadoras de carne suína estão nos dois estados que já são livres da peste suína clássica e nos outros que agora devem obter o certificado da OIE. “O desafio daqui para frente é fazermos com que todos os estados brasileiros tenham o mesmo status”, projeta.
Segundo o ministério, a doença, causada por um vírus, é altamente contagiosa e tem notificação compulsória para a OIE. Ela provoca febre alta, manchas avermelhadas pelo corpo, paralisia nas patas traseiras, dificuldades respiratórias e pode levar à morte do animal. Os últimos casos foram registrados no Brasil em agosto de 2009, no Amapá, Pará e Rio Grande do Norte.