Foram eles: Rússia, México, Japão, África do Sul, China, Coreia do Sul, Colômbia, Iraque, Irã, Egito e Tailândia.
Em agosto, a Rússia anunciou liberação recorde de estabelecimentos nacionais habilitados para vender carne de aves, suínos e bovinos, miúdos de bovinos, além de produtos lácteos para aquele país. O Brasil possui, agora, 162 estabelecimentos habilitados para exportar para a Rússia.
O ano também foi marcado pelo início das exportações de carne suína pelo Estado de Santa Catarina ao Japão e de carne de frango para o México. Em ambos os casos, o Brasil estava habilitado desde 2013 para exportar, mas foi este ano que os embarques começaram a ganhar volume. Para o Japão, foram vendidos, entre janeiro e novembro, US$ 15,92 milhões em carne suína e para o México, US$ 32,99 milhões em carne de frango.
Após nove anos de negociações, a África do Sul suspendeu o embargo à carne suína brasileira. O embargo estava em vigor desde 2005, quando o Brasil teve os últimos casos de febre aftosa. Além disso, a Colômbia habilitou o Brasil para exportação de couro bovino, a Coreia do Sul, para gelatina, Tailândia para o tabaco, e Iraque, para exportação de bovinos vivos.
O registro de dois casos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), em 2012 e 2014, resultou no embargo à carne bovina brasileira pelo Irã, Egito e China. Após negociações com as autoridades, os embargos também foram suspensos este ano. Com a Arábia Saudita e Japão, as negociações encontram-se em estágio avançado para a exportação do produto.
Contenciosos
O Ministério da Agricultura participou da preparação de contencioso contra a Indonésia para acesso ao mercado de carne de frango, utilizando-se o sistema de solução de controvérsias da Organização Mundial de Comércio (OMC). O país asiático, com população aproximada de 250 milhões de habitantes, tem potencial comprador do produto brasileiro, mas restringe o acesso ao seu mercado de forma incompatível com as regras da OMC, segundo entendimento do governo brasileiro.
Além disso, o Mapa contribuiu para as negociações que resultaram na assinatura do Memorando de Entendimento relativo ao Contencioso do Algodão entre o Brasil e os Estados Unidos, encerrando uma disputa de mais de uma década. O acordo bilateral incluiu pagamento final de US$ 300 milhões pelo governo dos EUA, com maior liberdade para a aplicação dos recursos, o que contribuiu para diminuir os prejuízos dos cotonicultores brasileiros. O acordo firmado se restringe apenas ao setor cotonicultor, preservando os direitos brasileiros de questionar a legalidade da Lei Agrícola norte-americana para as demais culturas ante a OMC, caso necessário.