Pecuaristas do noroeste do Rio Grande do Sul estão investindo em genética, principalmente no genoma, para aumentar a produção de leite. O genoma é um código genético, que possui informação hereditária do animal, e é codificada no DNA. É o conjunto de todos os diferentes genes que se encontram em cada núcleo de uma determinada espécie.
O médico veterinário Valério Avellar destaca a importância dos testes genômicos para saber se o animal transmitirá, futuramente, sua progênie para as outras gerações.
O teste é muito utilizado por centrais de inseminação, principalmente para quem quer animais com boa produção de leite. O recurso também é usado com outros focos na atividade.
“Com a utilização do genoma, ele pode conseguir qualquer um dos focos: saúde, produção, ou conformação, ou todos eles juntos, de maneira mais rápida”, explica o veterinário.
O criador de gado holandês Gelson Garzella utiliza sêmen dos chamados touros genômicos e conta que ganhou tempo na produção.
“O touro é avaliado por genes, foi feito um grande estudo da família e do DNA. Nós temos acompanhado as novilhas do nascimento até a reprodução, para ver quanto ela produziu depois de transmitir os dados”, conta Garzella.
Ele salienta que houve aumento da produção diária de leite por animal.
“As vacas primíparas, como chamamos as novilhas de primeiro parto, já estão dando resultados acima da média comparada há anos atrás, quando a gente usava os touros provados. Estamos conseguindo uma média de 40 litros do primeiro dos animais novos”, conta.