A disponibilidade de crédito para a criação de ovinos no Plano Safra do Rio Grande do Sul deixou os produtores otimistas, especialmente porque o programa destina recursos para retenção de fêmeas.
O produtor de ovinos no estado poderá contar com R$ 300 milhões do Banrisul para a manutenção de fêmeas. Os juros são os mesmos do Plano Safra federal, com dois anos para pagar.
A retenção de matrizes é fundamental para a ampliação do plantel, afirma o secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul, Ernani Polo. Com a destinação desse recurso para o setor, os produtores não precisam vender as fêmeas para ter liquidez. “A matriz fica sendo na realidade a fiadora desse dinheiro que ele vai pegar no banco”, diz o secretário.
Para o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos Naturalmente Coloridos, Cléber Vieira, o estado deve tomar mais de 70% desse crédito, já que o estado Rio Grande do Sul reúne o maior rebanho ovino do país, com mais de 3,5 milhões de cabeças.
Vieira critica, no entanto, queixa-se do taxa de juros do programa, de 7,5% ao ano, que seria muito alta para quem trabalha com ovinos. “A ovinocultura do Rio Grande do Sul passa por um momento de dificuldades, apesar de a carne ser encontrada no supermercado por até R$ 35 o quilo”, diz o presidente da associação, que defende juros de 2% ao ano.