Conforme cálculos da entidade, em torno de 70% da capacidade de abate do Sul (que é maior produtora de aves e suínos do país) foi afetada nos dias mais graves do bloqueio, entre a segunda e a sexta-feira da última semana.
Com isto, a distribuição da ração para as granjas, o encaminhamento de aves e suínos para o abate e a liberação das cargas prontas para exportação e para o abastecimento das gôndolas dos supermercados no Brasil foram afetados.
Desde o início dos impactos dos bloqueios, registrados pelas agroindústrias em 21 de fevereiro, cerca de 60 unidades frigoríficas apresentaram desaceleração ou suspensão total da produção.
Segundo o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, a continuidade de alguns bloqueios em estradas, registrados ainda nesta terça, dia 2, pela Polícia Rodoviária Federal, mantém as agroindústrias produtoras de aves e suínos em estado de atenção.
Conforme explica, várias plantas retomaram os abates após o cumprimento das liminares obtidas pela ABPA, pelas empresas, pela Advocacia Geral da União (AGU) e as procuradorias-gerais dos estados produtores. Entretanto, alerta o presidente da ABPA, ainda há unidades paradas.
– Tivemos conhecimento de planta que suspendeu abate nesta segunda-feira. Outras, estão receosas em retomar as atividades e enfrentar nova paralisação, que é mais oneroso que manter a planta suspensa. Há pouco também soubemos de problemas que exportadores estão enfrentando em portos. Estamos em estado de alerta, mesmo com a redução do número de bloqueios pelo país – explica.