Uma quadrilha acusada de ter furtado cerca de mil cabeças de gado por ano foi desarticulada no Rio Grande do Sul nesta semana. A polícia Civil cumpriu 48 mandados judiciais em 13 cidades do estado e 17 pessoas foram presas, segundo o delegado responsável pelo caso, Adriano Linhares.
“Foram seis meses de investigação e o desfecho ocorreu agora, com 17 prisões desta quadrilha que atuava em todo o Rio Grande do Sul. Eles praticavam várias modalidades de crime, indo desde o furto comum – entrando na propriedade e levando os materiais de caminhão – ou aliciando os empregados das propriedades, para que facilitassem esse furto. Desse jeito, os criminosos garantiam que não iam ser interceptados pela polícia ou pelos próprios funcionários da fazenda”, disse o delegado.
Segundo a polícia, a quadrilha possuía uma grande estrutura e, nos nove inquéritos abertos, foram constatados que o bando havia roubado cerca de mil cabeças em apenas um ano. “Acreditamos que seja um número muito grande, com mais de mil cabeça de bois roubadas por ano, mas não podemos contabilizar com certeza, já que muitos proprietários nem sabiam que estavam sendo roubados por causa do aliciamento de seus funcionários. Em um dos casos, um proprietário foi furtado quase 200 vezes sem perceber, mostrando a perícia da quadrilha”, completou.
As investigações apontam que os animais roubados eram rapidamente abatidos e a carne era vendida para a região metropolitana de Porto Alegre, sem nenhum tipo de controle sanitário. “Além dos pecuaristas, os maiores lesados são os consumidores, que acabam comprando esse produto sem procedência”, finalizou o policial.