Mais de oito mil frangos morreram depois que uma granja ficou cinco horas sem energia elétrica na cidade de Jaguariúna, no interior do São Paulo. De acordo com o presidente da Associação Paulista de Avicultura, Érico Pozzer, essa situação costuma se repetir no verão e gera prejuízos para os produtores.
“Houve um corte sem aviso prévio, justamente no horário onde não existe nenhuma condição de ficar sem energia. Aqui na região de Campinas, temos registrado temperaturas de 32°C a 35°C e, com esse calor, não precisa de cinco horas para causar mortalidade de frangos, basta apenas uma hora sem energia”, disse Pozzer em entrevista ao Jornal da Pecuária.
O prejuízo neste episódio foi de aproximadamente R$ 60 mil e, segundo Pozzer, acaba afetando tanto o produtor como a integradora. “Como existe um contrato, o primeiro prejudicado é o produtor, que é responsável pela granja, incluindo os ventiladores, que promovem maior conforto aos animais. O segundo prejudicado é a integração, que fica sem o abate.”
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Após a morte dos animais, a companhia elétrica foi informada e os produtores aguardam um ressarcimento. “Nós não temos um histórico sobre esse assunto, mas posso afirmar que tivemos alguns casos há cerca de oito anos e que ainda não foram resolvidos. Se houver um acerto extrajudicial, pode ser que saia mais rápido, mas se for para a Justiça pode demorar anos”, falou.
Geradores
Érico Pozzer disse que o setor está investindo para a implantação de grupos de geradores nas granjas, para diminuir a incidência das mortes. “É um equipamento caro para a atividade do produtor rural, mas em um granja com de 40 a 60 mil estamos exigindo um grupo de gerador pequeno. Com a queda de energia, o estoque de comida e água aguenta bem, mas a nebulização e a ventilação são um problema. O produtor acaba se virando com borrifadores manuais, mas, neste caso de Jaguariúna, não teve jeito mesmo e, por isso, estamos estimulando o produtor a instalar esse grupo de gerador”, falou.
