Avaré, no interior de São Paulo, novamente foi ponto de encontro de apaixonados pelo cavalo quarto de milha. O 36º Potro do Futuro, 9ª Copa dos Campeões e 1º Derby da Raça Quarto de Milha de Trabalho e Conformação, organizados pela Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM) surpreenderam pela qualidade técnica dos competidores, e também pelo volume de negócios.
Segundo o Departamento de Esportes da ABQM, foram totalizadas 3.931 inscrições, representadas por 1.931 animais foram conduzidos por mais de 1.189 cavaleiros e amazonas. No Trabalho, são elas: Apartação, Breakaway Roping, Bulldog, Cinco Tambores, Laço Cabeça, Laço Comprido – Técnico, Laço Individual – Técnico e Cronômetro, Laço em Dupla, Laço Pé, Maneabilidade e Velocidade, Ranch Sorting, Rédeas, Seis Balizas, Team Penning, Três Tambores, Western Pleasure e Working Cow Horse; além do Julgamento de Conformação e Performance Halter.
Com uma competição a mais, o Derby, provas específicas para cavalos com cinco anos, o penúltimo evento do ano da ABQM contou pela primeira vez com chipagem obrigatória dos animais. Segundo a entidade, uma maneira a mais de garantir a sanidade dos cavalos em tempos de alerta máximo ao mormo.
– O mormo é uma preocupação no Brasil inteiro. Todos os veterinários estão bastante tensos procurando uma maneira de melhorar essa situação. Na ABQM não poderia estar diferente. A gente tem que proteger ao máximo nosso plantel, ainda mais que esses animais que estão aqui são de melhor genética. Todo cuidado é pouco para evitar qualquer tipo de problema – afirma o superintendente técnico ABQM, Daniel Costari.
Com os cavalos devidamente cuidados e bem alimentados, os cavaleiros e as amazonas aproveitaram todo o preparo genético da raça para fazer bonito nas três arenas do Parque de Exposições Doutor Fernando Cruz Pimentel.
– Acho gratificante poder trabalhar aqui, o nível dos competidores e dos cavalos foram superiores. Melhora a cada ano e a disputa fica cada vez mais acirrada – diz o juiz da ABQM, Aguinaldo Gottardi Filho.
Além do espetáculo das pistas, outra surpresa positiva foi a movimentação de negócios durante o evento. Mesmo diante de uma crise econômica o mercado de quarto de milha se mostra cada vez mais sólido e promissor. Com um leilão a mais que na edição do ano passado, a média por cavalo vendido passou de R$ 100 mil. A organização estima que nos sete dias de evento foram fechados R$ 15 milhões em negócios.