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Recuperação de pastagem é destaque na ExpoZebu

Uma fazenda nas proximidades do evento leva ao visitante uma visão geral do sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), já aplicado em várias partes do Brasil

Fonte: Fábio Santos/Canal Rural

Durante a ExpoZebu, realizada em Uberaba, no Triângulo Mineiro, pecuaristas aproveitam a oportunidade para visitar uma unidade de referencia tecnológica fruto da parceria entre Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e conferiram novidades para sistemas de integração que conferem diversificação de rendimentos e sustentabilidade.

Uma das principais características do Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) é a sustentabilidade, aliada à rentabilidade e isso tem atraído muitos produtores rurais. “É muito importante essa divulgação para o país tomar consciência de que devemos produzir com sustentabilidade”, disse o pecuarista Júnior Teixeira.

Em uma fazenda localizada na região da feira, a Embrapa apresenta novidades em sistemas de integração, incluindo forrageiras que precisam ser cada vez mais resistentes e produtivas para alimentação dos animais em espaço reduzido. “Estamos apresentando pela primeira vez na região as duas forrageiras lançadas este ano pela Embrapa: Quênia e Ipiporã. O Quênia é uma espécie de diversificação entre os coloniões, com alta produtividade e alta qualidade, já o Ipiporã é uma brachiaria inédita e única no mercado, que resiste às cigarrinhas das pastagens que vêm matando todas as brachiarias em varias regiões do Brasil”, disse o difusor de tecnologia da Embrapa Aroldo Queiroz.

A área disponibilizada aos visitantes é considerada uma referência tecnológica para o desenvolvimento ILPF e acabou agradando o pecuarista, que veio do Rio Grande do Norte para conferir as novidades. “É muito importante para a minha região, que ainda têm quantidades significativas de matas nativas, na Caatinga e, ao invés de fazer o desmatamento pra depois fazer o reflorestamento, podemos fazer a preservação das espécies nativas que servem pra sombrear e alimentar. A nossa catinga é muito rica em árvores que são consumidas pelos bovinos”, disse.

Segundo a Embrapa, os sistemas integrados já representam dois milhões de hectares do Brasil e a tendência é de expansão nos próximos anos. Dentro do sistema, as árvores funcionam como sequestradoras de gás carbônico, enquanto a produção pecuária acontece, compensando a emissão.

“Sabendo que praticamente 70% das pastagens brasileiras estão em algum grau de degradação e sabendo que o futuro da pecuária depende da recuperação destas pastagens, a ABCZ assumiu essa bandeira e está incentivando o pecuarista a pensar no assunto”, finalizou o consultor da ABCZ, João Bento. 

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