Rio Grande do Sul tem 24 casos de suspeita de mormo

Neste final de semana, mais um caso foi confirmado em um cavalo de Alegrete. Situação está controlada e não haverá força-tarefa

Fonte: Henrique Bighetti/Canal Rural

O coordenador do Programa Nacional de Sanidade de Equídeos da Secretaria da Agricultura no Rio Grande do Sul, Gustavo Diehl, informou que há 24 casos de suspeita de mormo no estado. Neste final de semana, foram confirmados mais dois casos da doença, nos municípios de Alegrete e de Uruguaiana, que se somam ao caso já registrado na cidade de Rolante. Com os animais suspeitos, já foram realizados os exames de fixação de complemento, que deram positivo. O próximo passo será a aplicação de exames de maleína para atestar se é momo ou não. Segundo Diehl, não haverá nenhum tipo de força-tarefa.

– O estado está atento e cumprindo toda a proposta de controle do mormo – ressaltou.

De acordo com a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), no final de semana, o risco de contágio da doença levou pelo menos 118 prefeituras a cancelarem os tradicionais desfiles em homenagem à Revolução Farroupilha no estado.

Laboratório fechado

A doença é detectada através de dois exames – sendo que o comprovatório, o wester blotting – só pode ser feito em um laboratório de Pernambuco, que atualmente está fechado. Técnicos da Secretaria de Agricultura precisam realizar um outro – que apesar de ser legalmente válido – não tem eficiência 100% comprovada.Algumas propriedades aguardam pela realização dos testes há pelo menos seis meses.

O laboratório da Clínica Hípica, em Porto Alegre, foi credenciado pelo Ministério da Agricultura para fazer o teste de mormo. Apesar de a confirmação de dois novos casos em um curto período de tempo, a Secretaria da Agricultura garante que o estado “não vive uma epidemia de mormo”, e atribui o aumento dos casos à movimentação de animais que não passaram por testes e à participação em eventos onde não há fiscalização.