Saiba como evitar a laringotraqueíte infecciosa das galinhas

A doença pode causar grandes perdas econômicas por causa da alta mortalidadeNo quadro Dr. Pecuária desta quarta, dia 11, a médica veterinária Masaio Mizuno explica como evitar casos de laringotraqueíte infecciosa das galinhas, uma doença sem tratamento, com alta taxa de mortalidade.

O vírus entra nas aves pela via respiratória e se multiplica na laringe, traqueia e pulmões. A forma severa da doença é silenciosa. Os sinais clínicos aparecem de 6 a 12 dias após a entrada do vírus e a manifestação clínica pode variar de uma infecção grave a formas mais brandas. A fase aguda da doença é caracterizada por tosse e expectoração de sangue, caso em que a morte da ave ocorre entre dois e três dias. A laringotraqueíte infecciosa das galinhas também pode se apresentar de forma branda e com baixa mortalidade. As aves apresentam sonolência, conjuntivite e sinusite, além de queda variável na produção de ovos. As aves começam a desenvolver um edema (inchaço) de cabeça, ficam com dificuldades respiratórias, começam levantar a cabeça para respirar.

– A doença é extremamente rara. Temos apenas três casos notificados no Brasil – informa a médica veterinária Masaio Mizuno.

Ela explica que a doença ataca principalmente as galinhas e não é contagiosa para o homem. Porém, não existe tratamento. A doença ocorra em granjas com elevado adensamento de galpões, elevadas temperaturas, falta de renovação de ar e falta de refrigeração do ambiente. O grande prejuízo é a diminuição na postura de ovos e a elevada mortalidade.

A principal forma de transmissão dentro da granja é pelo ar. Porém entre uma granja e outra, a transmissão se dá por contato, sendo o vírus levado para outros locais através do transporte, veículos, equipamentos, pessoas e, principalmente do esterco in natura – a chamada cama de frango, cuja utilização é proibida para alimentação de bovinos.

Masaio Mizuno conta que não existe tratamento para esta doença, mas já existem vacinas de última geração. Entretanto, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) permite sua aplicação apenas em casos de focos confirmados.

– A vacina não é a principal medida de prevenção – diz a médica veterinária.

A melhor forma de evitar a doença, segundo ela, é cuidando do ambiente nas granjas, evitando o adensamento e as temperaturas muito altas, principalmente no verão. Além disso, a notificação aos serviços de defesa sanitária deve ser feita imediatamente.

– Quanto mais rápida for a notificação, mais rápida a adoção de medidas.

O primeiro caso apareceu no Brasil em 2002 na região de Bastos. Em 2007 o segundo foco ocorreu em Guatapará, próximo a Ribeirão Preto, e o terceiro no sul de Minas Gerais, em Itanhandú.

– Todos muito bem controlados pelos respectivos serviços de defesa sanitária animal – afirma Masaio Mizuno.

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