Para evitar perdas na produção de aves, o produtor tem que estar preparado para adaptar o manejo as diferentes temperaturas ao longo do ano. No inverno, o custo é maior para o avicultor, já que a alta chega a 55 % nesta época.
Ivan Casarin é avicultor em Saltinho (SP) e possui três aviários no estado. Juntos, os galpões produzem cerca de 75 mil aves por lote, principalmente, no inverno – quando as perdas são menores, porque as aves ficam mais resistentes. Se por um lado, a taxa de mortalidade nesse período é menor, o custo de produção é maior. Afinal, manter o aviário aquecido custa, aproximadamente, 12 centavos a mais por cabeça.
No verão, por exemplo, os gastos ficam em torno de 40 centavos por animal. Já no inverno, o valor chega a 62 centavos. Casarin explica que atualmente o produtor está perdendo nos custos. “Hoje, a gente utiliza o óleo diesel, só que o óleo diesel está muito caro o custo da produção, então estamos perdendo o custo nele, porque o frango não está conseguindo engordar adequadamente; não tem a temperatura exata que precisa ter”.
Para reduzir custos, a alternativa é mudar o modo de aquecimento nas próximas produções. Ivan vai apostar em outro sistema utilizando madeira em vez de óleo diesel. A integradora propôs pagar até R$ 1 por cabeça, caso a mudança aconteça. “O palete é a madeira compensada e o custo é bem menor, chega a ser em torno de 4 a 5 centavos por cabeça. Hoje, o óleo diesel tem um custo de 12 a 15 centavos por cabeça, então é inviável eu ficar no óleo diesel”, afirma.