Um pequeno espaço e investimento de cerca de R$ 10 mil já são suficientes para dar início a uma criação de codornas para produção de carne. Por isso, agricultores familiares têm visto na atividade uma boa oportunidade para aumentar a renda na propriedade.
O extensionista rural da Emater do Distrito Federal José Nascimento afirma que, na região, a maioria das propriedades voltadas à criação de codornas de corte varia de 2 a 5 hectares. Ele lembra que a ave tem pequeno porte, assim, é possível manter um plantel razoável em pequenos espaços. Uma área de 15 x 4 metros, por exemplo, é suficiente para abrigar mil codorninhas, que estarão prontas para o abate em 45 dias de criação.
A criação de codorna traz como vantagem o baixo consumo alimentar. Uma ave adulta para corte não necessita mais do que 35 gramas de ração por dia. A pouca mão de obra é outro ponto forte: um único profissional é capaz de cuidar de um plantel de 20 mil aves.
Nascimento, da Emater, explica que a codorna é suscetível ao estresse. Por isso, o galpão onde será alojada deve estar distante da sede da propriedade e de estradas, para evitar barulhos.
Os comedouros mais recomendáveis são os do tipo bandeja para as codornas mais jovens. No bebedouro, convém colocar bolinhas de gude para evitar que as avezinhas se afoguem, caso caiam no reservatório, ensina o extensionista.
O custo de produção de codornas de corte gira em torno de R$ 3,20 por ave abatida. No Brasil central, a indústria paga cerca de R$ 4 por exemplar.
Entretanto, produtores que trabalham em sistema de cooperativa conseguem melhor remuneração, agregando valor ao produto. Em alguns casos, são comercializadas codornas processadas (temperadas, etc.), o que pode elevar a lucratividade para mais de 80%.