Santa Catarina cria projeto piloto para recolhimento, transporte e destinação de animais mortos nas propriedades rurais. A proposta – desenvolvida em parceria entre órgãos do governo catarinense, Ministério da Agricultura e Embrapa – deve ser implantada no início do próximo ano e será apresentada nesta segunda-feira, dia14, na Secretaria Estadual de Agricultura, em Florianópolis.
O projeto piloto atende uma preocupação do setor produtivo de suínos, bovinos de corte e de leite, ovinos e aves, agroindústrias e das entidades ligadas à preservação do meio ambiente. A proposta quer garantir a biosseguridade no recolhimento e destinação de animais mortos nas propriedades rurais, além de amenizar os impactos ambientais, trabalhistas e econômicos.
A experiência catarinense deve gerar conhecimento para dar suporte a formulação de normativas aplicadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em território nacional.
O Mapa calcula que o volume de aves e suínos mortos nas propriedades rurais chegue a 300 mil toneladas por ano, o que representa 2,5% do rebanho. Hoje, a orientação técnica é de que as carcaças dos animais mortos por causas rotineiras ou catastróficas sejam destinadas para a compostagem, o que vem causando problemas ambientais e trabalhistas. O projeto piloto busca legalizar esta situação, envolvendo a coleta, transporte e armazenamento das carcaças.
A proposta prevê, entre outras coisas, a criação de Unidades Processadoras de Referência que, sob fiscalização oficial, farão a destinação de forma segura e viável dos animais mortos.
Esses estabelecimentos receberão os animais e serão responsáveis pelo processamento e transformação em produto final. As unidades deverão ter dedicação exclusiva para a produção final de óleo para biodisel e farinhas para fertilizantes.
A retirada dos animais das propriedades e o transporte até o entreposto também obedecerão regras para garantir a segurança sanitária.