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Setor de inseminação artificial dobra em dez anos e espera crescer 15% em 2016

Pecuaristas brasileiros buscam a tecnologia para aumentar a produtividade por área e já compram 14 milhões de doses por ano

Fonte: Canal Rural

O mercado de inseminação artificial para bovinos caminha na contramão da crise e tem se expandido no Brasil. Nos últimos dez anos, o volume de comercialização de sêmen dobrou, atingindo 14 milhões de doses, e as empresas que atuam no setor espera crescer mais 15% em 2016.

A explicação para esse desempenho estaria no fato de que o pecuarista brasileiro, finalmente, estaria percebendo a necessidade de tecnologia para aumentar a produtividade por área. A opinião é do gerente de mercado da Alta Genetics, Tiago Carrara.

Sediada em Uberaba (MG), a empresa processa em média 12 mil doses de sêmen bovino por dia. A comercialização nacional chega a 480 mil doses mensais.

O volume de vendas poderia ser ainda maior, não fosse a resistência que muitos pecuaristas ainda demonstram a investir em tecnologia. Apenas 11% das vacas em condições de reprodução são inseminadas artificialmente no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia).

O zootecnista Marcos Labury explica que a técnica é essencial quando se quer ter animais de ciclo curto, isto é, quando tanto o desmame do bezerro sua chegada ao abate são realizados rapidamente.

O criador de gado de leite Luiz Carlos Rodrigues, do Triângulo Mineiro, utiliza a técnica em seu rebanho de girolando há mais de uma década. Hoje, todo seu gado é fruto de inseminação artificial. 

A produção de leite média por vaca passou no período de 12 litros para 27 litros diários. Mas algumas fêmeas que passaram pelo processo de melhoramento genético chegam a produzir até 70 litros de leite por dia.

Rodrigues calcula que a inseminação represente menos de 1% do custo total da propriedade. “Não dá para não usar essa tecnologia. É muito clara a evolução genética quando você faz uso da inseminação artificial”, afirma o pecuarista.

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