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Suíno: custo de produção em MG é um dos mais altos da história

Criadores estão pagando para produzir, de acordo com presidente da Astap

Fonte: Canal Rural

Em Minas Gerais, o custo de produção do suíno aumentou 10% em janeiro, em relação a dezembro de 2015, fazendo com que os produtores gastassem, em média, R$ 4,40 para cada quilo produzido. Esse é um dos maiores valores dos últimos 20 anos e o presidente da Associação dos Suinocultores do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (Astap), Ricardo Bartholo, explica que muitos estão pagando para produzir.

A razão, segundo Bartholo, foi o forte aumento dos insumos e o rápido declínio do preço dos suínos. “Nossa expectativa de final de ano era vender suíno de R$ 4,50 o quilo e isso não aconteceu. Nosso melhor preço foi R$ 4,00 e hoje nós já estamos vendendo suínos de R$ 3,50. Isso está muito abaixo dos nossos custos”.

O suinocultor Antonio Leomar Eugênio trabalha na área há quase duas décadas e disse nunca ter visto o custo de produção da atividade tão alto. A granja conta com 500 matrizes e abate 300 leitões por semana. O produtor relata que desde o início do ano só trabalha no vermelho.

“É um início de ano bem atípico. O suinocultor trabalha com duas linhas na sua atividade, uma é o custo de produção e a outra é a curva de venda, e esse ano elas nunca estiveram tão distantes uma da outra”, afirma.

O aumento no custo de produção pressiona a margem de lucro dos suinocultores que são obrigados a antecipar os abates para manter o fluxo financeiro das propriedades. Se normalmente os animais são enviados aos frigoríficos quando atingem 120 kg, em muitas granjas os ciclos estão sendo menores e os leitões são abatidos com peso médio de 105 kg.

Porém, a venda de animais mais leves pode aumentar os custos e também o prejuízo, como informa Eugênio. “Isso acaba se tornando um problema duplo. O produtor é obrigado a retirar o animal mais leve, deixando de ganhar dinheiro”.

Para o presidente da Astap, a situação é delicada para os produtores, mas beneficia a indústria. “O preço na gôndola para a dona de casa não caiu, o nosso animal caiu mais de 25% e o preço da gôndola está praticamente imóvel. Isso reflete que o frigorífico e o varejo é que ficaram com a retenção desses valores que nós cedemos”.

A expectativa, segundo Bartholo, é que os preços voltem a subir ao longo das próximas semanas. Ele acredita que os valores podem chegar aos R$ 4,00 ou R$ 4,20 em 40 dias, “porque esse hoje é o nosso patamar de custo de produção e eu não vejo os suinocultores conseguindo produzir por muito tempo abaixo do custo de produção.”

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