A Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec) informou nesta quarta-feira, dia 23, ter registrado um caso de mormo em um cavalo de uma propriedade rural no município de Palmeirante, na região norte do estado, no dia 17 de agosto. O registro da doença infectocontagiosa teria ocorrido do dia 17 de agosto, e todas as medidas de contenção do foco teriam sido tomadas.
De acordo com nota da Adapec, a propriedade foi interditada, o animal doente foi sacrificado e foram coletadas amostras de outros cavalos do plantel e de uma fazenda vizinha. O texto ainda afirma que “aglomerações de equídeos” no município estão suspensas até a conclusão do saneamento da propriedade que apresentou o foco.
O saneamento consiste na realização de dois exames sucessivos de todo o plantel, com intervalos entre 45 e 90 dias, desde que os resultados sejam negativos. Além disso, estariam sendo realizadas investigações epidemiológicas para levantar possíveis contatos e eventuais ocorrências de novos casos. “Todo o trabalho é para impedir a disseminação da doença, preservar a saúde animal e do homem”, disse o responsável pelo programa estadual de sanidade dos equídeos, Raydleno Mateus Tavares.
Municípios vizinhos de Palmeirante – Colinas do Tocantins, Nova Olinda, Tupiratins, Brasilândia e Bandeirantes – só serão autorizados a realizar eventos reunindo em recintos fechados mediante cadastro e aprovação na Adapec.
Não há vacina e nem tratamento eficaz para o mormo. Segundo o comunicado da agência de defesa, o único método previsto na Instrução Normativa nº 24 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), é o sacrifício do animal positivo. “Desde que surgiu o primeiro caso no estado, em junho de 2015, a agência vem realizando um trabalho minucioso para conter a doença, porém, precisamos que todos os setores da agropecuária colaborem para contenção da enfermidade, com exigência de exames dos animais”, ressaltou o presidente da Adapec, Humberto Camelo.
Outros casos
Em 2015 foram registrados 16 casos de mormo em Formoso do Araguaia. Durante o ano de 2016, foram oito casos em Formoso Araguaia, cinco em Sandolândia e três em Cariri. Já neste ano, até o momento, foram registrados três casos em Formoso do Araguaia, um em Cariri do Tocantins e este último em Palmeirante. Desde 2015 já foram realizados 2.166 exames para diagnósticos da enfermidade.