Uruguai veta antiparasitário após detecção de resíduo em carne exportada para os EUA

Medicamento é usado em bovinos principalmente contra moscas e carrapatos. Gado com estes parasitas foram liberados para abate

Fonte: Henrique Bighetti/Canal Rural

O Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai (MGAP na sigla em espanhol) vetou temporariamente o uso do etion (um antiparasitário organofosforado) no país e também liberou o abate de gado com carrapato. No início deste mês, o Serviço de Segurança Alimentar e Inspeção (FSIS) dos Estados Unidos bloqueou temporariamente as importações de carne bovina in natura de uma unidade do Frigorífico Pul, controlado pela Minerva Foods, no Uruguai. O fato ocorreu após a identificação de resíduos de etion em um carregamento da empresa para os EUA.

A suspensão gerou apreensão no mercado uruguaio. O produto, utilizado em bovinos principalmente contra carrapatos e moscas, é legalizado no Uruguai, mas nos EUA não é usado desde 2008. Quando respeitados os prazos de carência, entre a aplicação e o abate, o produto não deixa resíduos.

Segundo o governo uruguaio, as novas medidas adotadas estão de acordo com o progresso da pesquisa e do intercâmbio de informações realizado pela missão técnica do ministério que viajou para os Estados Unidos. Diante disso, o MGAP suspendeu os registros para o uso da substância. Os abates de gado com carrapato deverão a partir de agora ser registrados, identificando-se a situação no registro veterinário do animal. 

“É claro os mercados cada vez mais exigentes nos obrigam a ter uma avaliação de risco mais rígida. Este desafio requer compromisso e envolvimento de todas as partes interessadas cadeia”, disse o ministro uruguaio, Tabaré Aguerre, em nota.