Segundo o analista, se a tecnologia no campo estivesse estagnada em níveis observados na década de 1990, seriam necessários mais 250 milhões de hectares para garantir a produção atual de carne. O incremento seria superior aos cerca de 170 milhões de hectares atualmente empregados na bovinocultura de corte.
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A menor demanda por terra para manutenção da produção ocorre, mesmo que o avanço da tecnologia na pecuária siga em ritmo mais lento quando comparada à aplicação de novas técnicas na agricultura.
Outra mudança é observada na idade de animais enviados para o abate. A consultoria estima que, no país, a faixa etária tenha diminuído para algo em torno de 33 e 36 meses, em média. O dado, no entanto, é impreciso, considerando que não há levantamento público relativo à idade do boi abatido com escopo necessário para abarcar a diversidade da produção nacional.
– Hoje temos uma carcaça mais pesada, o animal morrendo mais cedo e gradualmente a quantidade de vacas que podem ir para o abate está aumentando – afirma Nogueira.
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O abate de matrizes também é sustentado por ganhos de produtividade, na cria, com alta no nível de fertilidade das fêmeas. Com a melhora na concepção, pecuaristas podem descartar os animais mais rapidamente também.
Juntos, os fatores têm empreendido mudanças que reduzem o impacto ambiental, tanto na utilização de área quanto na emissão de gás carbônico, ao passo em que garantem aumento da oferta de carne bovina no mercado doméstico e internacional.