- Safras & Mercado vê recorde dos preços da soja nos portos brasileiros e espera tendência de alta para os próximos meses
- Rabobank enxerga preços firmes do boi no mercado brasileiro para o segundo semestre
- Miguel Daoud avalia que investigações contra Flávio Bolsonaro não atingem diretamente o presidente Jair Bolsonaro
- Carlos Cogo destaca apetite da China por soja e carnes pressionando preços no Brasil e no exterior
- Governo federal publica normas de prevenção e controle da Covid-19 obrigatórias nos frigoríficos e indústrias de laticínio
Safras & Mercado vê recorde dos preços da soja nos portos brasileiros e espera tendência de alta para os próximos meses
O analista da Safras & Mercado Luiz Fernando Gutierrez afirma que os preços da soja batem recorde nos portos brasileiros e que a tendência é positiva para os próximos meses. Ele pontua que além do câmbio, o principal fator a explicar a valorização da oleaginosa, os preços no exterior e os prêmios também estão em alta.
Em Chicago, o mercado tem sido sustentado por compras da China, ainda que em volumes não tão grandes, mas que demonstra alta probabilidade de o país asiático cumprir o acordo comercial com os EUA.
O analista alerta que a soja entra agora no chamado mercado climático americano, que de certa forma tem limitado maiores avanços em Chicago, pois as expectativas com o clima têm sido positivas. Porém, isso pode mudar caso as projeção para o clima frustrem as expectativas atuais.
Rabobank enxerga preços firmes do boi no mercado brasileiro para o segundo semestre
O analista econômico do Rabobank Wagner Yanaguizawa analisa que a tendência para os preços do boi é de estabilização com viés de alta no segundo semestre. O cenário é de uma oferta limitada e com incertezas quanto à retomada da demanda doméstica.
As exportações para a China têm sustentado os preços e, de acordo com Yanaguizawa, a sazonalidade mostra que as vendas para o país asiático tendem a se intensificar no segundo semestre.
Em relação à competitividade da carne bovina brasileira frente a outros players internacionais, o analista destaca a capacidade de oferta do país como absolutamente confortável. Além disso, segundo Yanaguizawa, o câmbio tem feito os preços no Brasil e na Argentina serem mais competitivos que o de outros players importantes, como Austrália e Estados Unidos.
Miguel Daoud avalia que investigações contra Flávio Bolsonaro não atingem diretamente o presidente Jair Bolsonaro
O comentarista do Canal Rural Miguel Daoud avalia que as denúncias presentes no pedido de prisão do ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, são gravíssimas para o senador, mas que não envolvem diretamente em nada o presidente Jair Bolsonaro.
Daoud afirma que a prisão apenas desgasta a imagem do governo de maneira indireta e que caso mine a base de apoio político ao presidente, pode também minar a economia.
Carlos Cogo destaca apetite da China por soja e carnes pressionando preços no Brasil e no exterior
O analista de mercado Carlos Cogo destaca o apetite chinês pela soja e por carnes bovinas, suínas e de aves tem pressionado os preços no Brasil e nos EUA. No cenário doméstico, Cogo citou o câmbio como grande responsável pelo aumento dos prêmios nos portos.
Em relação à carne suína, o analista tem identificado forte demanda interna na China por reposição do rebanho e isso pode gerar pressão por compras de farelo de soja.
Por fim, ele observa que pressões altistas em Chicago são positivas também para os preços nos portos brasileiros.
Governo federal publica normas de prevenção e controle da Covid-19 obrigatórias nos frigoríficos e indústrias de laticínio
Em portaria conjunta dos ministérios da Agricultura, da Economia e da Saúde, o governo definiu medidas destinadas à prevenção, controle e mitigação dos riscos de transmissão da Covid-19 nos frigoríficos e nas indústrias de laticínios.
A repórter Paola Cuenca destacou que, em um dos trechos mais importantes da portaria, não há exigência de testagem laboratorial para a Covid-19 de todos os trabalhadores como condição para a retomada das atividades do setor ou estabelecimento, por não haver, até o momento, recomendação técnica para esse procedimento.