Apresar de o clima ter se destacado como um dos maiores desafios desta safra, os produtores ainda enfrentam os fungos e doenças que afetam a produtividade das lavouras, como é o caso da mancha-alvo.
O agrônomo de campo da Corteva Miquéias Santos, explica que somente o uso de fungicida não é suficiente para eliminar a mancha-alvo, pois é necessário ações durante o manejo da lavoura para diminuir os impactos dessa doença.
“O fungicida é uma ferramenta que auxilia no controle da doença, mas não é capaz de eliminar por completo, pois os fungos que causam a mancha-alvo também sobrevivem na palhada. Existem fatores que favorecem o desenvolvimento da doença, como a estação do ano, temperatura e umidade, principalmente para a cultura da soja, que é um grão hospedeiro. Esse fungo sempre estará sempre presente nesse tipo de ambiente”, pontua.
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Santos ainda explica que além da soja, outras espécies de plantas também podem ser hospedeiras do fungo por conta do sistema de produção que se é adotada, como acontece com o algodão, que também é uma cultura que vem sendo impactada por essa doença.
O agrônomo ressalta que escolher corretamente a semente e realizar o manejo com fungicida durante o plantio pode ser um fator diferencial para a produtividade da lavoura. “Talvez uma das medidas mais adequadas para se diminuir o impacto dessa doença é a escolha mais adequada da semente, pois ela é disseminada através da semente, por isso é de muita importância escolher uma semente de boa qualidade e procedência. Além disso, fazer o tratamento adequado utilizando o fungicida correto durante a semeadura, diminuindo a quantidade de fungo e consequentemente com menor impacto na lavoura”, conclui.