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Mercado e Cia

‘Alta da cesta básica é pontual e não podemos falar em inflação de alimentos’

O analista de mercado Carlos Cogo explica quais fatores contribuíram para alta nos preços de produtos relevantes para a alimentação, como arroz e feijão

De acordo com o analista de mercado da Cogo Inteligência em Agronegócio, Carlos Cogo, ainda não podemos falar em inflação de alimentos. O cenário, segundo ele,  é de uma situação conjuntural e temporária. “Temos altas muito fortes em arroz, feijão, óleo de soja, o leite longa vida e seus derivados. Isso está ligado primeiro ao câmbio, que elevou estas cotações no mercado internacional e isso foi repassado ao mercado interno. E [temos] também o movimento de exportações do Brasil, [que] foi muito forte, gerando escassez de matéria prima no país”, analisa.

Além disso, Cogo adiciona que algumas culturas, como arroz e feijão, tiveram queda de área plantada por bastante tempo. “É uma combinação de fatores, sendo alguns de ordem estrutural, de área plantada e outros totalmente conjunturais, ligados a uma entressafra. Ainda teve a pandemia que trouxe uma elevação de consumo de produtos da cesta básica e,  também, a ajuda emergencial do governo, que auxiliou a todos para que pudessem se abastecer”, afirma.

Tendência

O analista projeta que alguns preços estão no limite da alta e que a entrada da nova safra no final do ano deve encerrar processo de aumento dos produtos. Cogo considera que os recordes na cotação vão incentivar uma grande safra para 2021. Dessa forma, os preços tendem a cair quando o país tiver uma recuperação da oferta interna.

Tarifa

Por fim, a expectativa de Cogo é que o governo retire a Tarifa Externa Comum (TEC) para importação alguns produtos agrícolas como arroz, soja e milho. Porém, de acordo com ele, o efeito nos preços de soja e milho é muito pequeno ou quase nulo e apenas no arroz poderíamos observar algum impacto. No entanto, o analista faz um importante alerta: se o governo decidir pela retirada da TEC, é importante que defina desde o primeiro momento as datas de vigência e os volumes de importação específicos. Pois, caso isso não seja feito, a rentabilidade do produtor poderia ser prejudicada.  

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