Em pouco mais de uma semana, o preço do quilo do frango congelado caiu R$ 0,23 no Estado de São Paulo, passando da média de R$ 3,73 no dia 28 de novembro para R$ 3,56 nesta segunda, dia 8, conforme análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
De acordo com analistas, os custos de produção aumentaram em cerca de R$ 0,15 neste ano, devido ao aumento da soja, do milho e da metionina, itens que compõem o farelo dado aos animais. O ano fecha com resultados regulares, mas com uma margem bem inferior à de 2013.
A Embrapa Aves e Suínos, que realiza um levantamento mensal de custos de produção, divulgou que o valor desembolsado pelo produtor no mês de outubro subiu 1,09% na relação com o mês anterior. Insumos para a alimentação (milho, farelo e óleo de soja) e transportes puxaram o índice para cima.
Nesta terça, dia 10, os valores não apresentaram alteração em relação ao fechamento de ontem. O quilo vivo está cotado em R$ 2,35 no Paraná e no Rio Grande do Sul, em R$ 2,30 em Santa Catarina e em R$ 2,40 em São Paulo. O quilo do frango congelado custa R$ 3,20 em São Paulo e em Porto Alegre, R$ 3,25 em Santa Catarina e R$ 2,35 em Ponta Grossa (PR).
De acordo com o presidente da Associação Paulista de Avicultura, Érico Pozzer, um dos motivos para a volatilidade desse mercado é que Minas Gerais e São Paulo vendem em pequenos lotes, sendo então fortemente influencidados por variáveis como calor.
– Traçando paralelo com boi e suíno, poderíamso estar vendendo no varejo a R$ 4,00, mas não atingimos isso – pontua.
Segundo ele, o produtor que vende o frango a R$ 2,35 está com um de R$ 2,25 e R$ 2,30.
– Esperamos que o custo não suba mais do que está e a produção se mantenha regulada como nos últimos meses. Tudo depende, não podemos planejar a longo prazo – explica, lembrando que meses como janeiro, fevereiro e março são difíceis para proteínas de modo geral.
Ao lado do frango, o mercado bovino também apresenta leve queda. A oferta de animais não está grande, mas melhorou um pouco na última semana, o que deu alguma folga às indústrias e gerou este cenário. No Norte de Minas Gerais, a oferta de boiadas está particularmente curta. O preço de referência subiu para R$ 137,00 a arroba, à vista, mas existem negócios em valores maiores. No mercado atacadista de carne com osso não houve alterações. De toda forma, apesar do mercado mais frio, não é esperado nenhum aumento expressivo de oferta, uma vez que a saída de animais de pasto deverá ser retomada gradualmente.
A suinocultura, por sua vez, apresenta recuperção e a previsão é de um fechamento de ano satisfatório aos produtores. A única queda registrada nesta terça, dia 9, segundo a Scot Consultoria, foi em Cascavel, no Paraná, com 0,48% no preço da carcaça. Em Estrela (RS), o quilo vivo é cotado a R$ 3,44; em Chapecó, a R$ 3,45; em Cascavel (PR), a R$ 3,70; e em Rondonópolis, a R$ 4,20.