O produtor brasileiro de trigo deve ter um bom ano no quesito preço. Dados do relatório mensal de oferta e demanda de commodities agrícolas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado nesta quinta-feira (12), fez cortes expressivos nas previsões de produção do cereal, disparando os preços.
No relatório, o USDA reduziu as estimativas de produção e exportação dos Estados Unidos e da Rússia, maior exportador mundial.
No caso dos Estados Unidos, o corte foi de 15,5 milhões de toneladas; Na Rússia, a produção foi reduzida para 72,5 milhões de toneladas, bem abaixo das 85 milhões de t do mês passado. Como consequência, os estoques finais da temporada 2021/22 foram calculadas em 279,06 milhões de toneladas; no mês passado, a estimativa foi de 291,68 milhões.
Para o analista de mercado Vlamir Brandalizze, o cenário para o produtor que conseguir uma boa safra será de bons preços, especialmente com a demanda aquecida, no período pós pandemia. “O espaço para se manter em alta no mercado global está bem aberto”, afirma.
Ainda segundo Brandalizze, a safra brasileira de trigo deve ser satisfatória e isso é uma boa notícia para o produtor. “O Brasil é o segundo maior importador de trigo do mundo, perde apenas para China. O produtor que conseguir uma boa safra, com alta produtividade, vai ter boas cotações”.