Para evitar o desperdício com adubação foliar, um novo aplicativo de celular oferece serviço de análise de nutrientes da planta.
A ferramenta reduz o custo com laboratório e o resultado fica pronto na hora.
Basta um clique na câmera do celular e em poucos segundos é possível saber se há deficiência de adubação. O scanner é feito através de um aplicativo que identifica por colorimetria os macronutrientes da folha.
A tecnologia foi desenvolvida por uma empresa de fertilizantes com base em Israel. A ferramenta evita o desperdício de produto, aplicando dosagem específica para cada área plantada.
“Esse novo software que nós estamos trazendo, ele tenta facilitar a vida do agricultor em todos os sentidos onde através de algoritmo de inteligência artificial, utilizando imagem, onde através, especificamente, da imagem com a foto de um celular qualquer, todos os celulares foram calibrados para poder ser utilizado. A gente consegue nessa foto entender qual a deficiência nutricional dos macroelementos primários, nitrogênio, fósforo e potássio, com uma foto, em dez segundos”, diz o diretor da israelense Haifa Group para a América do Sul, Gustavo Branco.
“Você tem uma economia de aplicação, uma assertividade maior no processo produtivo e, obviamente, um impacto ambiental menor, você não está gastando produtos desnecessariamente”, complementa.
O Brasil consome 8% de toda a produção mundial de fertilizantes, avaliada em 55 milhões de toneladas, mas importa 85% do insumo usado pelo agronegócio.
O potássio é o mais utilizado, representando 38%. Em seguida vem o fósforo, 33%, e nitrogênio com 29%.
Para diminuir a dependência de importação, uma saída é aumentar a eficiência da nutrição da planta. Os chamados fertilizantes especiais são uma espécie de concentrado, com uma formulação diferenciada. A solução oferece facilidade no manejo e pode trazer mais eficiência com menor quantidade de produto.
“É um conceito completamente diferente. Nós não lidamos em grandes quantidades e em lotes, em que você aplica no solo todo, usando muita água, e a maior parte nem chega na planta. A ideia com os fertilizantes especiais é aplicar exatamente nas necessidades da planta, é baseado em um conhecimento de agronomia. Estamos melhorando isso para planta através da aplicação foliar ou através da aplicação nas raízes. Então, os rendimentos são muito melhores e tem muito menos poluição”, afirma Motti Levin, CEO do Haifa Group.
A empresa planeja adquirir uma fábrica no Brasil para ampliar a atuação no mercado local.