Área de trigo pode ter redução acentuada no Rio Grande do Sul

Excesso de chuvas e previsão de continuidade pode levar produtores a não plantar o grão no estado gaúcho

Fonte: Divulgação/Pixabay

Tanto o Rio Grande do Sul, quanto o Paraná estão com problemas para concluir o plantio do trigo.  No estado gaúcho, apenas a metade da previsão de safra está plantada, a outra metade está na dependência da melhora do tempo, já que a umidade do solo está altíssima.

A previsão, no entanto, é de mais chuvas. O presidente da Comissão de Trigo da Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Hamilton Jardim, afirmou nesta terça, dia 7, em entrevista ao Mercado & Cia, que a janela para o plantio está ficando menor e plantar fora deste período, que vai até 25 de julho, aumenta a exposição das lavouras a riscos climáticos.

– O cenário é bastante preocupante – afirma Jardim.

Uma das consequências pode ser a redução ainda maior da área no estado.

– Já estamos com redução de área muito grande, vai ser maior que previsto, com a persistência das chuvas talvez o produtor não plante – considera o presidente da Farsul.

Quanto aos produtores que já jogaram as sementes na terra, o presidente ameniza a preocupação:

– Aquele que fez numa condição ideal, não tem problema. As lavouras estão com muito bom stand, bastante vigor.

Paraná

Segundo a Somar Meteorologia, o oeste do Paraná tem previsão de chuva 50% acima do normal. O diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), Francisco Simioni, afirmou hoje que isso é uma ameaça aos produtores de trigo. De acordo com ele, o plantio do trigo está em 90% no estado, que prevê área de 1,3 milhão de hectares.

– Os tratos devem ocorrer normalmente, para evitar doenças fúngicas por excesso de umidade – indica Simioni aos produtores da primeira regiões já plantadas, no sudoeste, oeste e norte do estado.

O diretor é otimista e aposta que “a safra vai ser boa”:

– Torcendo para que chuva não atrapalhe.