O presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, assinou um decreto nesta segunda-feira, dia 14, que reduz de 35% para 30% o imposto sobre exportação de soja e isenta as exportações de trigo, milho, girassol e carne bovina. Os impostos foram criados por sua antecessora, Cristina Kirchner, em 2008, quando os preços das commodities eram altos. E foram mantidos, mesmo depois, para financiar o gasto público.
O governo do país calcula que a medida acarretará uma perda de US$ 1 bilhão por ano. Segundo o ministro da Agricultura, Ricardo Buryaile, a perda será compensada com “o aumento da produtividade e a consequente elevação dos ingressos ao cobrar o imposto de renda”.
Macri espera que a diminuição da carga tributária leve o setor agrícola (principal motor da economia argentina) a liquidar as exportações de grãos, que eles estocaram. Pelos cálculos dos economistas, se isso ocorrer, entre US$ 8 bilhões e US$ 10 bilhões entrariam no país, reforçando as escassas reservas do Banco Central.