Argentina reduz previsão de safra e preço da soja sobe

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Fonte: Pixabay

A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu a sua previsão de produção de soja da Argentina no ciclo 2017/2018 para 39,5 milhões de toneladas, de 42 milhões de toneladas previstas até a semana passada e a notícia refletiu,ainda de forma moderada no mercado futuro. “A expansão da seca para o norte do país, as baixas temperaturas e a diminuição do peso dos grãos no centro e sul da Argentina agravam a situação da soja e do milho”, disse a bolsa, em relatório semanal. O novo número representa queda de 31% ante a temporada anterior.

Ainda conforme a bolsa, a seca em grande parte do centro e sul do país provocou grandes perdas na produção de soja. “Agora o nordeste do país, que transita há vários dias em etapas críticas de definição de rendimento sob condições hídricas adversas, começa a reportar queda nos rendimentos potenciais”, disse.

O cenário continua se agravando na última etapa do ciclo em toda a região agrícola nacional. A bolsa destacou que já foram observadas grandes perdas devido a aborto de vagens, diminuição no número de grãos por planta e problemas de sanidade.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam com ganhos moderados influenciados justamente pela situação na Argentina e com a possível guerra comercial entre Estados Unidos e China.

O maior temor no conflito EUA/China é que a resposta chinesa ao protecionismo sinalizado pelo governo Trump mire os produtos de exportação agrícola dos Estados Unidos. A soja seria um dos prováveis e prioritários alvos do país asiático. Lembrando que a China adquire mais de 60% da soja exportada pelos norte-americanos.

A queda do petróleo e a firmeza do dólar frente a outras moedas também contribuiu para as perdas. O relatório de exportações semanais dos Estados Unidos, que tradicionalmente é divulgado nas quintas, só será conhecido nesta sexta, devido ao fechamento dos escritórios oficiais no início da semana.

Brasil

Os preços da soja apresentaram valorização nesta quinta, novamente impulsionados pela forte elevação do dólar frente ao real. O ritmo dos negócios permaneceu limitado, em parte pela volatilidade de Chicago.

O destaque foi a movimentação de cerca de 20 mil toneladas no mercado paranaense.