Os preços do arroz estão 21% mais caros no primeiro trimestre no campo. No Rio Grande do Sul, a saca de 50 quilos foi negociada, em média, por R$ 75,71. Segundo o presidente da Federação dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, os preços valorizaram diante da expectativa de quebra na safra que acabou não se confirmando.
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“O mercado recebeu essa notícia de que teriam perdas significativas na safra gaúcha. Mas, conforme o andamento da colheita, verificou-se que a quebra não seria tão grande. Isso não impediu o avanço da saca, que antes era negociada aos R$ 60 e agora está no patamar de R$ 75”.
Com o andamento da colheita, Velho indica uma leve retração nos valores da saca de arroz no estado. Por outro lado, ele aponta o custo como grande preocupação para os orizicultores na próxima safra, que devem migrar para outras culturas
“O custo de hoje não remunera mais, pois as contas não fecham. Como a especulação dos fertilizantes e agroquímicos está grande, não vejo alternativas que não seja a redução da área plantada do nosso estado, que responde por 70% da produção nacional”.
“O cenário vai obrigar o produtor a buscar alternativas, como investir na soja, como já é feito no estado, onde com 400 mil hectares de soja são cultivados em áreas de arroz e o mesmo deve acontecer com o milho. O produtor busca outras commodities para ter rentabilidade, pois o setor do arroz está com sérios problemas”, ressalta o dirigente da Federarroz.