Santa Catarina cultiva cerca de 700 mil hectares com soja e 300 mil com milho. De acordo com o vice-presidente da Federação de Agricultura do estado (Faesc), Enori Barbieri, deveria ser o contrário, já que a agroindústria local demanda sete milhões de toneladas do cereal e a produção local deve ficar abaixo de duas milhões de toneladas.
“O produtor escolhe o que é mais viável economicamente. Neste momento, precisa de duas secas de milho para comprar uma de soja, então esse cálculo é favorável à soja”, afirma. “É preciso que se dê ao produtor rural um atrativo para mudar essa conta”, complementa.
Segundo Barbieri, com a escassez do cereal em Santa Catarina e a alta do preço, os produtos locais estão perdendo a competitividade no mercado nacional e internacional. Ele defende que a questão precisa ser debatida pelo governo, sociedade e deputados de Santa Catarina, pois é um interesse de todos, não só do agro.