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Auge de preços para a soja já passou

Analista acredita na continuidade das especulações sobre o clima nos Estados Unidos durante agosto, mas a meta da saca a R$ 100 ainda está distante

O pregão desta terça-feira, dia 26, ficou marcado pela volta da soja ao campo positivo na Bolsa de Mercadoria de Chicago (CBOT). As principais referências para a formação de preços da soja no mercado brasileiro tiveram comportamentos diferentes: dólar caiu e Chicago. Resultado: preços com poucas variações no mercado físico.

O analista de mercado da Safras&Mercado Paulo Molinari acredita que o auge de preços da oleaginosa já passou. O começo de junho ficou marcado pela saca valendo R$ 100. Ele não acredita neste patamar de preços novamente. Ainda de acordo com a consultoria, o produtor segue retraído. Como resultado, os preços pouco oscilaram nas principais praças de comercialização do país e não houve negócios com volumes relevantes.

No exterior, o clima nos Estados Unidos no mês de agosto é considerado decisivo para os operadores de mercado.

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Novembro/16: 9,73 (+9,75 centavos)
Janeiro/17: 9,74 (+7,50 centavos)
Soja no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Passo Fundo (RS): 78,00
Cascavel (PR): 76,50
Rondonópolis (MT): 76,00
Dourados (MS): 71,00
Porto de Paranaguá (PR): 82,50
Porto de Rio Grande (RS): 81,50

Milho

O mercado brasileiro de milho teve uma terça-feira de preços estáveis, mas com mais negócios do que o registrado na segunda-feira.  Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o produtor segue adotando a estratégia de não fixar preços, aguardando por novos reajustes do milho para enfim tomar uma posição no mercado.

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou as operações de hoje com preços mais baixos. O mercado foi pressionado pelas boas condições das lavouras de milho norte-americanas. Vale destacar que 2016 será o ano em que o milho vai seguir descolado dos preços de Chicago.

Mesmo acumulando quedas em Chicago, o cereal em ótimos patamares no Brasil, por causa da crise de abastecimento do milho. Nesse cenário, os portos tem pouco espaço para derrubar os preços, mas, ainda sim, está pagando menor que o mercado físico.

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Setembro/16: 3,32 (-2,25 centavos)
Maio/17: 3,54 (-2,25 centavos)
Milho no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Rio Grande do Sul: 52,00-54,00
Paraná: 45,00
Campinas (SP): 49,00
Mato Grosso: 33,00-38,00
Porto de Santos (SP): 35,00
Porto de Paranaguá (PR): 34,00

Café

O mercado físico brasileiro de café registrou preços estáveis nesta terça-feira. O dia foi calmo na comercialização, com fraco interesse de compradores e vendedores. As cotações não mudaram diante da volatilidade da Bolsa de Nova York e observando também o comportamento do câmbio.     

A Bolsa de Nova York fechou o pregão em alta. Segundo operadores de mercado, a expectativa gira em torno da chegada de uma massa de ar frio pelo Sul do Brasil nesta semana, sempre havendo a preocupação de alguma geada de “surpresa”, como ocorreu recentemente, embora não tenham sido indicadas grandes perdas para as áreas produtoras.

Café arábica em Nova York (centavos por libra-peso)
Julho/16: 141,60 (+0,50 pontos)
Dezembro/16: 147,65 (+0,60 pontos)
Café conilon (robusta) em Londres (US$ por tonelada)
Setembro/16: 1811,00 (+25,00 dólares)
Novembro/16: 1834,00 (+26,00 dólares)
Café no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Arábica/bebida boa – Sul de MG: 500-510
Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: 505-515
Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: 415-420
Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): 412-415

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