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Bahia: seca faz produtor prever quebra de 50% no café conilon

Cafeicultor do município de Eunápolis afirma que região ficou sem chuvas entre agosto de 2015 e janeiro deste ano

Fonte: Fernando De Martini/divulgação

A colheita do café conilon mal começou no país, mas as primeiras perdas já aparecem. O principal motivo é a forte estiagem registrada desde 2015. Em Eunápolis, no sul da Bahia, o produtor Fernando de Martins estima quebra de 50% na lavoura. Segundo ele, a região ficou sem chuvas entre agosto do ano passado e janeiro de 2016.

O cafeicultor relata uma queda vertiginosa na produção de conilon nos últimos anos. Martins afirma que, em 2014, foram colhidas sete mil sacas de café. Em 2015, quatro mil sacas. Para este ano, a perspectiva é uma produção de duas mil sacas de café.

O problema não se restringe ao sul da Bahia. Para o analista de mercado Marcus Magalhães, esse cenário se repete em outras regiões produtoras do grão. Ele classificou a safra como “traumática” e projeta dois anos ruins para o conilon brasileiro.

A preocupação agora é com a safra de 2017. Tanto na avaliação de Magalhães quanto na opinião do produtor rural, o próximo ciclo será afetado, pois a falta de chuvas estaria prejudicando a florada do próximo café. “O produtor está saindo de uma safra ruim para um próximo ciclo complexo”, diz o consultor.

Já em relação aos preços do café conilon, Magalhães aponta que eles estariam acomodados em um patamar acima do registrado em 2015 e que não há tendência de mudanças no curto prazo.

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