Boa produtividade do milho pressionará preços para baixo

Se o clima for favorável no Brasil e nos Estados Unidos, Imea prevê queda nas cotações do grãoO mercado do milho encerrou com leve queda na última semana, tanto no mercado nacional quanto em Chicago. O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), alerta que, se as condições climáticas forem favoráveis no Brasil e nos Estados Unidos, a safra de milho terá boa produtividade e, consequentemente, preços menores.

O mercado internacional espera informações sobre o clima e andamento da semeadura nos Estados Unidos, atualmente em 9%. Da mesma forma, o produtor mato-grossense está atento às chuvas para o desenvolvimento da sua lavoura.

Os contratos para maio e jullho de 2015 caíram 1,38% e 1,53%, respectivamente, em Chicago. As cotações do Cepea registraram queda de 3,61%, encerrando a semana a R$ 27,57 a saca, devido ao enfraquecimento do dólar e bom desenvolvimento da segunda safra. Com a queda de 1,77% no Indicador Imea e 1,38% em Chicago, o indicador de Base MT-CBOT fechou a semana com queda de 3,20%. 

Preços

O contrato com vencimento em maio de 2015 até o momento apresenta média de US$ 3,79 por bushel no mês de abril, enquanto no ano anterior as cotações estavam a patamares de US$ 5,01 por bushel neste mesmo período.

No mercado nacional, as cotações do milho para maio de 2015 realizadas pela BM&F registraram queda de 3,35%, nas duas últimas semanas. Os fatores já percebidos pelo mercado são as oscilações negativas do dólar, responsáveis pela queda de aproximadamente 2,5% na última semana, e a possibilidade de haver uma grande oferta do cereal caso as condições climáticas continuem favoráveis.

Se considerado o diferencial de base de R$ 13,30 por saca entre os preços de Mato Grosso e as cotações da BM&F, o preço futuro do estado para maio de 2015 seria de R$ 15,08 por saca, podendo estar abaixo do custo variável em R$ 2,39 por saca. Já para o contrato de julho de 2015 o preço teria um incremento caso o dólar voltasse a se valorizar, contudo, ainda assim poderia não cobrir os custos variáveis do produtor. O prêmio do porto de Paranaguá continua movimentando-se positivamente e fechou a semana com alta de 48,33%.

Edição de Gisele Neuls