O mercado do boi gordo continua com viés baixista, segundo a Scot Consultoria. O aumento da entrega das boiadas permite melhor programação por parte das indústrias, o resultado disso são compradores pressionando o mercado com maior firmeza.
O tempo mais frio e as chuvas em boa parte do Brasil devem continuar contribuindo para o avanço da oferta, visto que as pastagens vão perdendo suporte. De acordo a XP Investimentos, os elevados preços de milho, sorgo e silagem não colaboram com a estratégia dos produtores de reter os animais.
Em Mato Grosso, a desvalorização no preço a prazo do boi gordo acontece em todas as praças pesquisadas. Em São Paulo, houve queda de R$ 0,50 em relação ao fechamento do dia anterior e de R$ 1,50 em abril, quando o valor da arroba em Araçatuba (SP) saiu de R$ 143,50 para R$ 142.
Além disso, no estado, indústrias com escalas atendendo em torno de sete dias não hesitam em oferecer preços até R$ 2 por arroba abaixo da referência.
Para os próximos dias, a redução das movimentações de vendas associada à diminuição da capacidade de retenção de animais terminados tende a continuar tirando o fôlego do mercado do boi gordo.