Na reta final para o anúncio do Plano Safra, ainda não estão definidos alguns detalhes do programa. “Está tendo muita discussão porque estuda-se o impacto orçamentário disso. Nós sabemos que a economia está em recuperação, mas isso não pode ser garantido como uma coisa definitiva, permanente, embora haja até muito otimismo a respeito”, afirma o comentarista Alexandre Garcia.
Ele lembra que a ministra Tereza Cristina, da Agricultura, quer elevar em R$ 3,5 bilhões a oferta de crédito, atingindo um total de R$ 15 bilhões. “Está chegando perto, mas ainda não chegou a isso.”
Resta também definir quais serão as taxas de juros para custeio e investimento. “Mas [é preciso] que seja um juro plausível, que possa ser aceito pelo meio rural”, diz o jornalista.
Garcia acredita que essa discussão vai terminar de forma positiva para o setor. “Afinal, o agro é o carro-chefe da recuperação econômica, porque dá segurança alimentar, dá segurança nas contas externas, dá muita segurança para que o restante da economia ande, inclusive, a arrecadação federal. É bom que o ministro Paulo Guedes pense nisso.”
De acordo com o comentarista, tanto o ministro quanto o presidente da República vão acabar entendendo a importância de estimular o agro. “E o estímulo vem por esse Plano Safra que atenda às necessidades do agro”, finaliza.