As exportações aceleradas de soja no primeiro semestre de 2016 podem obrigar o Brasil a importar o grão para compor a oferta até o fim do ano. Segundo o consultor Carlos Cogo, o volume exportado pelo país até julho deve ficar acima de 40 milhões de toneladas. Se essa projeção se confirmar, vão sobrar apenas 34 milhões de toneladas para serem distribuídas entre o mercado interno e o internacional, no segundo semestre.
O analista alerta que faltará soja mesmo que a tendência de exportações seja menor nesse período. Ele antecipa que o saldo será zero e, possivelmente, o Brasil terá que importar soja de outros países, como Estados Unidos e Argentina.
Ao contrário do que o mercado prevê, na opinião do consultor, mesmo com a entrada da soja externa, os preços devem continuar altos no Brasil. Segundo Carlos Cogo, a escassez vai ser tão grande que é difícil pressionar as cotações.
O consultor afima que os sojicultores estão aproveitando os bons prêmios nos portos para vender o proteúdo, já que a demanda está aquecida no mercado externo. Mesmo com o dólar não tão atrativo como no ano passado, os produtores brasileiros estariam tendo lucro de 50% na colheita desta safra.