Em entrevista ao programa Mercado & Companhia, do Canal Rural, nesta quinta-feira, 6, o ministro conselheiro da Embaixada da China no Brasil, Qu Yuhui, afirmou que, nas relações políticas internacionais, o fortalecimento de uma parceria bilateral entre o Brasil e outros países não deve afetar a cooperação com a China.
“Nós esperamos que a cooperação entre Brasil e EUA não prejudique o relacionamento entre China e Brasil. Aliás, são dois relacionamentos totalmente compatíveis e não são excludentes. Se forem bem trabalhados, podem trazer benefícios para todos países envolvidos”, disse.
No entanto, o ministro fez um alerta sobre algumas políticas americanas. “É importante nós ficarmos atentos em relação a algumas manobras praticadas pelos Estados Unidos, que ultimamente têm mostrado a clara intenção de atrapalhar a relação entre a China e os outros países”.
Apesar disso, Qu Yuhui afirmou que retaliação nunca seria a escolha preferida do país asiático, mas sim “construir diálogos e parcerias, de respeito mútuo e de soberania dos países”.
Qu Yuhui ressalta o avanço da corrente de comércio entre Brasil e China mesmo em um período de pandemia, que causou redução das exportações brasileiras para outros países.
“Temos razão para tomar uma atitude cautelosamente otimista, porque a economia brasileira já apresentou sinais de recuperação. A China já começou a retomar sua atividade econômica normal, com sinais muito fortes de retomada de seu consumo. Se olharmos para o longo e médio prazo, teremos ainda mais razão para sermos otimistas, considerando nossa complementabilidade e o aumento do mercado de consumo na China”, disse o ministro chinês.