A estiagem no sul de Minas Gerais coloca em risco a safra 2020/2021 do café, de acordo com a Fundação Procafé. O engenheiro agrônomo e pesquisador da entidade Alysson Fagundes afirma que, na média, a região recebe 300 milímetros entre janeiro e agosto, mas este ano, choveu apenas a metade disso. “É comum ver muitos botões florais perdendo a hidratação e secando, e eles não mais retornam a turgidez. Com certeza teremos problemas significativos”, diz.
De acordo com a Somar Meteorologia, algumas áreas do sul mineiro não registram chuvas faz quase 50 dias e enfrentam o pior déficit hídrico desde 2014. Na Alta Mogiana, em São Paulo, a situação é ainda pior: certas lavouras não veem precipitações há 100 dias, pior cenário desde 2017.
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Para os próximos dias, infelizmente, as notícias não são animadoras para as lavouras de café. O tempo deve continuar seco e com temperaturas elevadas, por conta de um bloqueio atmosférico que mantém as chuvas no Sul do Brasil.
Essas regiões devem voltar a registrar chuvas por volta de 25 de setembro, quando deve chover de 40 a 50 milímetros. “Mas as precipitações não vêm para ficar e serão mal distribuídas. Em outubro, teremos uma nova janela grande de tempo seco entre os dias 5 e 20”, conta a meteorologista Desirée Brandt, da Somar. No total, até o fim de outubro, o sul de Minas Gerais deve registrar 154 milímetros de chuva e a Alta Mogiana, 174 milímetros.
