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Mercado e Cia

Carne bovina do Brasil deve ser favorecida por crise nos EUA, diz Itaú BBA

De acordo com consultor da instituição, a proteína nacional está mais competitiva do que a de seus principais concorrentes, que são Austrália e EUA

A redução no número de abates e a forte demanda por carne bovina para exportação fizeram a arroba do boi gordo subir no começo de junho, no mercado físico, aponta o Itaú BBA. Segundo o consultor de agronegócio do banco César de Castro Alves, o fim de safra se parece bastante com uma entressafra. “Pode ter animal para chegar ainda, mas a percepção que está se consolidado é de que o volume de gado ofertado está bem restrito”, diz.

De acordo o consultor, a fraca demanda no mercado interno segue limitando as valorizações e a expectativa para este ano não é das mais otimistas. “Entretanto, a exportação está tão forte que é possível que, combinado com os abates menores, ainda assim a gente tenha uma curva para cima”, comenta.

Castro Alves aborda também a crise na indústria de carnes dos Estados Unidos por conta da pandemia do novo coronavírus. Casos entre funcionários levaram ao fechamento momentâneo de praças e frigoríficos. “Sem falar da questão comercial com a China, que é para onde eles poderiam originar carne. Até recentemente circularam notícias de que a exportações seriam reduzidas. Para ele, isso pode favorecer o Brasil no mercado externo em 2020, já que o país tem preços competitivos.

Em relação à Argentina, os preços da arroba estão muito parecidos. “Argentina a gente está mais próximos de preço. Mas com oferta muito menor, eu diria que o jogo mais pesado conosco seria Austrália e os EUA”, comentou o consultor.

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