O aumento nas importações de milho e a expectativa de safra maior no Brasil devem melhorar as perspectivas para o setor de carnes no ano que vem. Após os preços do milho terem atingido patamares recordes, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) estima uma redução nos custos de produção e recuperação da cadeia em 2017.
O presidente-executivo da entidade, Francisco Turra, explica que a diminuição da recessão no Brasil, com a possibilidade de aumento no consumo interno de carnes, e a maior oferta de milho já nos próximos meses traria um alívio às agroindústrias. Ele afirma, inclusive, que algumas empresas estariam se juntando para realizar a importação do grão dos Estados Unidos.
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“Está aberta a possibilidade da vinda de milho americano. As empresas estão se consorciando para trazer navios até o momento em que as coisas fiquem mais adequadas e o preço melhore”, disse.
A retomada de mercados internacionais de aves e suínos também é considerada como um fator importante para a recuperação da cadeia. Turra afirma que, em 2016, as exportações de carne de frango aumentaram 8% e as de suínos, 40%. “Nós não estamos mais na mão de apenas um mercado, nós vemos (também) o Japão aumentando suas compras, a Coreia do Sul e a China. À medida que vamos abrindo outros mercados, mais estabilidade teremos. Com a vitória de Trump, acreditamos ainda que os mexicanos possam ser um grande parceiro comercial. Se antes o México era altamente dependente da carne suína da Europa, agora eles tendem a criar mais vínculos com o Brasil”.
