Outubro está se confirmando como um dos períodos mais quentes da história do Brasil. Em algumas áreas do Brasil central, os termômetros chegaram a superar 40 ºC no começo do mês. Diante desse cenário, aumenta a preocupação dos produtores com as condições do solo para plantar a safra 2020/2021.
A previsão do tempo não traz notícias muito animadoras. A chuva retorna na semana que vem a algumas áreas, porém, além de os acumulados não serem suficientes para baixar as temperaturas e aumentar a umidade do solo em parte do país, as precipitações vão sofrer uma interrupção logo na sequência.
De 17 a 21 de outubro, a chuva recua mais para o Centro-Sul do Brasil, falhando nas áreas mais ao norte, incluindo parte do Centro-Oeste.
A meteorologista Desirée Brandt, da Somar, afirma que o sinal ainda é vermelho para produtores do Matopiba, norte de Goiás e nordeste de Mato Grosso. Já agricultores do sul da Bahia, Mato Grosso do Sul, oeste de São Paulo, oeste de Minas Gerais, centro-sul de Goiás e restante de Mato Grosso têm sinal amarelo, por que as precipitações podem não ser suficientes. Apenas as lavouras do Sul, leste de São Paulo, leste de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio Janeiro têm sinal verde.
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Confresa (MT), por exemplo, de 15 de outubro a 15 de novembro, deve receber apenas 55 milímetros, sendo que a chuva começa apenas no início de outubro. “A chuva deve ir se consolidando a partir daí no nordeste de Mato Grosso”, diz.
Enquanto isso, no Sul…
Novos temporais são esperados no Sul entre esta quarta e quinta-feira. Desirée lembra que esses fenômenos são muito comuns, porque o calor excessivo ajuda a formar nuvens carregadas. “E podem vir acompanhados de ventania, descargas elétricas e granizo”, diz. As principais áreas de risco são o centro-leste do Rio Grande do Sul, leste de Santa Catarina e leste do Paraná. No interior da região, até pode chover, mas de forma pontual.