No Sudeste brasileiro as chuvas frequentes não estão dando trégua para a colheita do café arábica. No sul de Minas Gerais, as atividades estão paralisadas há 3 dias e os grãos começam a perder qualidade.
Durante entrevista à segunda edição de Mercado & Companhia desta sexta, dia 3, o presidente da Fundação Procafé, José Edgard Pinto Paiva, disse que as chuvas não estavam previstas para essa época do ano. Cerca de 15% da área já foi colhida até o momento, mas com a paralisação da colheita os grãos podem cair dos pés e aumentar as perdas, que não devem ser acentuadas.
O presidente finaliza dizendo que a perda de qualidade do produto é preocupante porque os estoques mundiais estão muito baixos, assim como os estoques internos no Brasil. Se as chuvas continuarem impactando no avanço da colheita, tanto o mercado interno quanto internacional devem apresentar altas nas cotações daqui para frente.
A meteorologista Pryscilla Paiva adianta que as chuvas na região Sudeste não devem ir embora tão cedo. A previsão é 120 milímetros na próxima semana, com risco de granizo nas áreas produtoras de café.