A chuva registrada em São Paulo nesta quinta-feira, 8, comprova que o tempo já está mudando aos poucos. Em muitos lugares, mais ventou do que choveu, mas a umidade é um alívio para a onda de calor mais forte da história. Em Ribeirão Preto (SP), uma tempestade de poeira foi provocada por rajadas de 65 km/h. Na Cidade Gaúcha, que fica no noroeste do Paraná, a ventania chegou a 83 km/h.
Alguns acumulados foram significativos. Em Querência do Norte, no Paraná, foram registrados 25 milímetros. Em Araguaína, no norte do Tocantins, tivemos 30 milímetros de chuva.
“A precipitação foi pontual, mas a partir de agora, há a expectativa de uma chuva boa para plantio no oeste de Santa Catarina e, principalmente, áreas do oeste e sul do Paraná”, diz Celso Oliveira, meteorologista da Somar.
Olhando para a previsão mais estendida, a situação não mudou. As chuvas até a sexta-feira, 9, ficam mais concentradas no Sul, sendo mais irregulares no norte do Paraná.
No fim de semana, a chuva avança para o norte, na altura de Minas Gerais e canaliza a umidade proveniente da Floresta Amazônica para Goiás, Mato Grosso, norte de Mato Grosso do Sul, Matopiba e Rondônia. “No Matopiba ainda não é chuva regular. É necessário cuidado na instalação com essas primeiras pancadas, já que elas só se tornam mais regulares no fim de outubro e decorrer de novembro”, diz Oliveira.
Segundo ele, de uma forma geral, podemos esperar a reorganização da chuva e o enfraquecimento do calorão histórico que atingiu o interior do Brasil, com temperaturas acima de 44 °C em algumas localidades.