Até o fim da semana, volta a chover nas lavouras do Sul do Brasil. Os volumes mais significativos serão registrados no Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina e sudoeste do Paraná. Infelizmente, não será chuva de volume elevado, nem abrangente, o que favoreceria o milho segunda safra. Os acumulados projetados são baixos também em Mato Grosso do Sul.
“A tendência é de aumento da umidade do solo, mas a umidade do solo está muito baixa. Qualquer precipitação acaba ajudando, mas está longe de ser o suficiente para resolver os problemas que a gente vem observando neste mês de abril”, diz Celso Oliveira, meteorologista da Somar.
A atual frente fria vai subir em direção à Bahia entre os dias 18 a 22 de abril. A precipitação prevista sobre o Norte e o Nordeste chama a atenção porque, além da frente fria, também teremos a intensificação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), com precipitação principalmente no Maranhão, Piauí, Bahia, Tocantins, Pará, Amapá e Amazonas.
Do dia 23 até o dia 27 de abril, vamos ter o enfraquecimento da chuva no Nordeste do Brasil e no mesmo período teremos uma reorganização da chuva no Sul do Brasil, principalmente norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
“Essa chuva será mais promissora para as lavouras de milho segunda safra do Sul. São Paulo, que fica no meio do caminho, não vai ter muita umidade nem agora e nem depois. O mesmo vale para Minas Gerais, sul de Goiás e sul de Mato Grosso”, conta o meteorologista.
No fim de abril e início de maio, haverá uma grande diminuição da quantidade de chuva em boa parte do Brasil e isso gera uma preocupação, já que o milho instalado mais tarde neste ano precisaria de umidade até o início de junho.
“Até há previsão de chuva isolada na primeira semana de maio, mas os volumes serão baixos e não chegam aos 35 milímetros, o que seria uma chuva razoável. Existem lavouras que não vão receber nem 7 milímetros na primeira semana de maio”, diz. O restante de maio ainda vai ser muito seco e não promete ser dos melhores.