O início da semana traz pancadas de chuva à área central e ao norte do Brasil, sem extremos e com maiores períodos com tempo seco durante as manhãs. A situação favorece a retomada das atividades de plantio e tratos culturais no Norte e Nordeste, além dos estados mais ao norte das regiões Sudeste e Centro-Oeste. Isso também será perceptível pela umidade do solo, que vai diminuir em boa parte do Sudeste e Centro-Oeste nos próximos sete dias.
Há previsão de chuva apenas na quarta (24) e quinta-feira (25) na região Sul, no oeste de São Paulo e no sul e leste de Mato Grosso do Sul. No entanto, como a chuva passa muito rapidamente, a umidade aumentará apenas em alguns municípios do centro e oeste do Rio Grande do Sul. A região de Ijuí, por exemplo, que tem tido pouca umidade, ainda não receberá muita chuva (leia mais abaixo).
Posteriormente, no fim de semana, a chuva forte vai alcançar boa parte do Matopiba, com expectativa de aumento da umidade do solo na área dos quatro estados que compõem a região (Tocantins e porções do Maranhão, Piauí e Bahia), e também de algumas pontos do oeste de Pernambuco e do sul do Ceará.
Chuvas nas próximas semanas
Na semana que vem, precipitações mais intensas atingem a área entre o Paraguai e Mato Grosso do Sul na segunda (29) e terça-feira (30). Ao longo da primeira semana de dezembro, há previsão de chuva mais persistente e intensa no Sudeste e no Centro-Oeste.
O Sul não será muito beneficiado pelas precipitações até pelo menos o fim da primeira semana de dezembro. As previsões mais estendidas indicam, inclusive, pouca chuva para os três estados da região ao longo de boa parte do mês de dezembro.
Além disso, ainda há indicação de noites e madrugadas frias no Sul e no Sudeste. As tardes, no entanto, devem ser quentes, seja pelo tempo seco (no caso do Sul), seja pela elevada radiação solar nesta época do ano.
Falta de umidade
A chuva da semana passada não foi abrangente no Rio Grande do Sul e algumas áreas próximas de Ijuí já registram 15 dias sem precipitação significativa. Por consequência, o milho já sente os efeitos do déficit hídrico e o plantio da soja avança mais devagar em todo o estado.
A umidade do solo também está abaixo do ideal para o desenvolvimento agrícola no noroeste do Paraná, oeste de São Paulo e metade sul de Mato Grosso do Sul.
Por outro lado, no Norte e Nordeste e nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, a chuva ocorre com elevada frequência e chega a paralisar as atividades de plantio e tratos culturais. No sul de Rondônia, por exemplo, estimam-se mais de 150 milímetros em apenas sete dias.
Ainda assim, apesar de alguns problemas, o plantio avançou muito rapidamente no Brasil e a maior parte das lavouras e culturas estão com bom desenvolvimento.