As chuvas previstas para as áreas de soja de São Paulo não se confirmaram na maioria dos municípios, afirma o presidente da Aprosoja-SP, Gustavo Chavaglia. Com isso, o ritmo de semeadura no estado segue bastante atrasado em relação a 2019.
Segundo levantamento da consultoria Safras & Mercado, apenas 0,2% da área de 1,080 milhão de hectares de soja foi semeada no estado, ou seja muito menos do que os 2,6% da média histórica para o período e dos 4% da mesma época do ano passado.
“As previsões de chuvas, até agora, não se confirmaram na maioria das regiões de São Paulo. Então os produtores estão prejudicados, sem condições de implantar suas lavouras. Na mesma época do ano passado o plantio estava bem mais adiantado. Até porque quando as chuvas chegaram, em outubro, elas se firmaram. Se tivermos uma boa chuva para reserva hídrica do solo, tenho certeza que os trabalhos avançarão rapidamente”, afirma Chavaglia.
Segundo o representante dos produtores, além da preocupação de plantio em bloco (ou seja, sem escalonamento), os agricultores também estão de olho na janela de plantio da segunda safra.
“Claro que quando adiantamos o plantio temos a chance de ter uma safrinha melhor. Mas ainda estamos dentro da janela e se a previsão para o meio desta semana estiverem corretas, isso já ajudará, desde que as chuvas se firmem e regularizem”, diz.
Ele garante que todos estão ansiosos e bastante preparados para plantar da melhor maneira possível.
“O produtor está quase sentado em cima do trator esperando o momento para entrar no campo, está todo mundo pronto para o plantio. Precisamos ter algo entre 60 mm e 80 mm para começar a ter condições adequadas de umidade no solo”, finaliza ele.