A incidência da cigarrinha do milho cresce nas lavouras do país e preocupa o setor. Isso porque, de acordo com a secretaria de política agrícola do ministério da Agricultura (Mapa), não é comum que o risco de sanidade vegetal de pragas e doenças seja considerado pelo seguro rural. Ou seja, o produtor não tem cobertura das perdas provocadas pela praga.
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De acordo com o comentarista do Canal Rural Glauber Silveira, diante da alta incidência da cigarrinha, já está sendo levantada a hipótese de pagamento do seguro. “Já temos algumas entidades do setor produtivo, como a Abramilho, ponderando junto ao ministério a revisão do pagamento do seguro. Temos relatos de produtores que seguem todos as recomendações de prevenção, inclusive alguns que fizeram até 20 aplicações e não conseguiram controlar a doença”, diz.
Silveira comenta que a Embrapa tem buscado soluções para conter a praga, como o tratamento de sementes e ainda híbridos de milho que são menos suscetíveis ao ataque da cigarrinha. No entanto, o combate deve ser feito de forma uniforme. “Muitas vezes o produtor faz a aplicação de defensivos de forma correta, mas a transmissão é feita por uma propriedade vizinha, onde o controle não aconteceu”, explica.