As cotações dos grãos na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) despencaram nesta quinta-feira, dia 14, com a previsão do tempo mostrando que as temperaturas no Meio-Oeste dos Estados Unidos, principal região produtora do país, não serão tão altas quanto o esperado. Com isso, as lavouras não serão afetadas e o risco de perder produtividade é menor. Resultado: dia de realização de lucros dos investidores e preços em baixa.
A soja liderou as perdas do dia, com queda fora do comum para um pregão – baixa de 3,83% no contrato de novembro de 2016, o mais negociado. Isso trouxe reflexo para o mercado físico brasileiro. Mais um dia sem negociações. Os produtores que tinham soja para vender aproveitaram os bons momentos do começo de junho e aguardam a possibilidade da saca de soja chegar perto dos R$ 100.
Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Julho/16: 11,11 (-16,50 centavos)
Agosto/16: 10,83 (-39,00centavos)
Setembro/16: 10,73 (-39,50 centavos)
Novembro/16: 10,62 (-43,00 centavos)
Soja no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Passo Fundo (RS): 84,00
Cascavel (PR): 82,50
Rondonópolis (MT): 84,00
Dourados (MS): 78,00
Porto de Paranaguá (PR): 88,50
Porto de Rio Grande (RS): 88,50
Milho
O milho está em viés de baixa há duas semanas, com leves recuperações no meio do caminho. O grão desvalorizou em mais um pregão, acompanhando a melhora da condição climática dos Estados Unidos.
O mercado brasileiro segue descolado das negociações internacionais. A escassez do grão no país vem mantendo os preços firmes, mas as negociações não estão aquecidas, aponta a Safras & Mercado. Os compradores travam uma disputa com os produtores para conseguir diminuir o preço da saca de milho, o que acaba travando o mercado.
Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Julho/16: 3,62 (-3,50 centavos)
Março/17: 3,72 (-4,75 centavos)
Milho no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Rio Grande do Sul: 52,00
Paraná: 41,00
Campinas (SP): 46,00-46,50
Mato Grosso: 28,50-31,00
Porto de Santos (SP): 35,00
Porto de Paranaguá (PR): 34,00
Café
O mercado físico brasileiro de café registrou preços firmes nesta quinta-feira. As negociações do café arábica, na Bolsa de Nova York, e do robusta, em Londres, deram sustentação ao mercado brasileiro, com a baixa do dólar somente limitando o impacto altista. O dia foi mais animado na comercialização, mas sem grande volume de negócios, relata a Safras & Mercado.
Café arábica em Nova York (centavos por libra-peso)
Julho/16: 150,30 (+4,10 pontos)
Dezembro/16: 155,10 (+4,55 pontos)
Café conilon (robusta) em Londres (US$ por tonelada)
Julho/16: 1836,00 (+26,00 dólares)
Dezembro/16: 1860,00 (+26,00 dólares)
Café no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Arábica/bebida boa – Sul de MG: 530-540
Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: 530-540
Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: 420-425
Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): 412-415
Dólar e Bovespa
O dólar encerrou o pregão em mais uma queda, desvalorização de 0,30%, cotada a R$ 3,259. O índice Bovespa subiu 1,62%, aos 55.480 pontos.