O mercado brasileiro de milho manteve preços firmes nesta terça-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os produtores e cooperativas mantêm as estratégias de reter a oferta de milho no mercado disponível, avaliando um difícil quadro climático além da perspectiva de desvalorização cambial no curto prazo.
A falta de chuvas gera grande apreensão quanto às possíveis perdas na safrinha. “As negociações envolvendo a safrinha apresentam boa fluidez, principalmente no Mato Grosso. As preocupações se tornam mais implícitas no Paraná, com projeção de perdas significativas em algumas áreas do estado”, avalia Iglesias.
Chicago
A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços mais altos. O mercado avaliou o lento do plantio norte-americano de milho. Os investidores também começaram a se posicionar frente ao relatório de oferta e demanda de maio, que será divulgado na quinta-feira pelo Departamento de
Agricultura dos Estados Unidos. A expectativa é de que a safra estadunidense 2018/19 seja inferior à colhida na temporada 2017/18.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou nesta segunda o relatório sobre a evolução do plantio das lavouras de milho. Até 6 de maio, a área plantada estava estimada em 39%. Em igual período do ano passado, o número ficava em 45%. A média para os últimos cinco anos é de 44%. Na semana anterior, o número era de 17%.