A Coca-Cola Brasil vai lançar no próximo mês um novo produto chamado Café Leão. De acordo com a empresa, o produto possui 100% do grão produzido no Brasil, assim como o processo de torrefação e embalagem.
A expectativa é que este novo produto gere demanda pelo café arábica do cerrado mineiro e das montanhas do Espírito Santo, dando suporte a pequenos e médios cafeicultores dessas duas regiões. A empresa afirma que nos próximos cinco anos a demanda por cafés especiais poderia mais que dobrar.
Segundo o analista de mercado da Maros Corretora Marcus Magalhães, a iniciativa vai premiar a qualidade e traz chance de elevação de preços. “O valor do café especial tende a aumentar, por conta da demanda aquecida e dos problemas climáticos que o Brasil enfrentou”, afirma.
De acordo com Magalhães, o mundo consume cerca de 150 milhões de sacas de café por ano, entre o tipo conilon e arábica. Desse total, 22 milhões de sacas já foram negociadas em 2015 com algum tipo de certificação ou qualidade adicional. Ele afirma que, cada vez mais, o consumidor global exige esse diferencial, e o produtor que não enxergar essa oportunidade vai vender o café apenas como uma commodity.
A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) afirma que o país é o maior produtor e exportador de café e o segundo maior mercado consumidor em volume total do mundo. O segmento de cafés finos e diferenciados apresenta taxas de crescimento de 15% a 20% ao ano.